Va', pensiero, sull'ali dorate, | |
va', ti posa sui clivi, sui colli, | |
ove olezzano tepide e molli | |
l'aure dolci del suolo natal! | |
Del Giordano le rive saluta, | |
di Sïonne le torri atterrate... | |
Oh mia patria sì bella e perduta! | |
Oh membranza sì cara e fatal! | |
Arpa d'or dei fatidici vati, | |
perché muta dal salice pendi? | |
Le memorie nel petto raccendi, | |
ci favella del tempo che fu! | |
O simìle di Sòlima ai fati, | |
traggi un suono di crudo lamento, | |
o t'ispiri il Signore un concento | |
che ne infonda al patire virtù! |
Voa, pensamento Voa, pensamento, com tuas asas douradas; |
voa, pousa-te nas encostas e no topo das colinas, |
onde perfumam mornas e macias |
as brisas doces do solo natal! |
Cumprimenta as margens do rio Jordão, |
as torres derrubadas de Jerusalém... |
Oh minha pátria tão bela e perdida! |
Oh lembrança tão cara e fatal! |
Harpa dourada dos grandes poetas, |
porque agora estas muda? |
Reacendas as memórias no nosso peito, |
fale-nós do bom tempo que foi! |
Como Sòlima fez com o destino |
traduz em musica o nosso sofrimento, |
deixa-te inspirar pelo Senhor |
porque nossa dor se torne virtude! =========================== Descrição 1 Nabucco é uma ópera em quatro atos com música do compositor Giuseppe Verdi e libreto de Temistocle Solera, baseada no Antigo Testamento e na obra Nabuchodonosor de Francis Cornue e Anicète Bourgeois. Foi estreada em 9 de Março de 1842 no La Scala de Milão, foi composta num período particularmente difícil da vida do compositor. A sua esposa e os dois pequenos filhos tinham falecido pouco tempo antes e Verdi tinha praticamente decidido não voltar a compor. O libreto de Nabucco chegou às suas mãos quase numa casualidade. A composição empreendida quase "puxada a ferros" deu como resultado uma obra que cativou toda a Itália. Na estreia, o papel de Abigail foi interpretado por Giuseppina Strepponi, que se converteria em companheira sentimental e logo esposa de Verdi. Esta ópera foi o primeiro êxito importante do compositor e com ela iniciam-se os chamados anos de galera, nos quais compôs a um ritmo frenético, produzindo dezassete óperas em doze anos. O êxito desta ópera, Nabucodonosor de Verdi, deve-se em parte às qualidades musicais da obra e em parte à associação que fazia o público entre a história do povo israelita e as ambições nacionalistas da época. Um dos símbolos que utilizou, e provavelmente continua utilizando o povo, para reforçar o ideal independentista foi o coro Va pensiero, do terceiro acto. Este coro de escravos hebreus é, sem dúvida, o número mais popular da ópera. Na sua época, os italianos assimilaram-no como um canto contra a opressão estrangeira em que viviam. O êxito da ópera perdura até aos dias de hoje. =========================== Descrição 2 Nabucco é uma ópera que foi escrita durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e, por meio da várias analogias, suscitou o sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull'ali dorate, "Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época. Foi estreada, a 9 de março de 1842, no Teatro alla Scala de Milão. =========================== Sinopse Ato I: "Jerusalém" Os judeus oram diante do templo de Salomão. O sumo-sacerdote Zacarias entra com Ana, sua irmã, e Fenena, filha de Nabucco, tida como refém pelos judeus. Zacarias avisa ao povo que Javé não vai abandonar o povo judeu. Ismael, chefe militar e sobrinho do rei de Jerusalém, entra com seus soldados e avisa que Nabucco destruirá tudo. Zacarias espera que haja um milagre e entrega Fenena a Ismael para que ela tenha sua segurança garantida. Ambos são amantes, e se conheceram na Babilônia. Abigail, a outra filha de Nabucco -que também é apaixonada por Ismael - entra conduzindo um exército de assírios para ocupar o templo. Os assírios estão vestidos como judeus. Abigail chantageia Ismael, dizendo que ela salvará seu povo caso ele lhe retribua o amor, mas Ismael não aceita. Reaparecem os judeus, assustados com a reaproximação de Nabucco, que é enfrentado por Zacarias, que o denuncia por blasfêmia e ameaça executar Fenena. Esta é entregue a Nabucco por Ismael, que é reprimido pelos judeus. Nabucco manda incendiar o templo. Ato II: "O Blasfemo" Palácio de Nabucco, na Babilônia. Abigail acha um pergaminho no qual é dito que ela é filha de escravos, e não de Nabucco. Jura vingança a ele e a Fenena, enquanto lembra de Ismael e acha que ele poderia ter salvado sua vida. Entra o Sumo Sacerdote e avisa que Fenena mandou libertar os prisioneiros judeus, e que, devido à traição, Abigail será nomeada herdeira do trono, em vez de Fenena. Em outro local, Zacarias ora e tenta convencer os assírios a esquecerem seus ídolos. Fenena entra nos aposentos de Zacarias, e este tenta convertê-la. Os levitas entram e encontram Ismael, que fora banido. Zacarias perdoa Ismael, por este ter salvado um judeu - Fenena, agora convertida. Abdalo, conselheiro do palácio, entra e avisa Fenena sobre os boatos sobre a morte de Nabucco, e que sua vida está em risco. Entra o Sumo Sacerdote e proclama a regência de Abigail. É anunciada a sentença de morte aos judeus. Fenena se recusa a entregar o cetro a Abigail. Inesperadamente, entra Nabucco, toma a coroa e a coloca em suas cabeças. Nabucco diz que derrotou Baal e Javé, e por isso mesmo não é rei. É Deus. Nesse instante, cai um raio na cabeça de Nabucco, que fica louco. Abigail recupera a coroa. Ato III: "A Profecia" Jardins Suspensos da Babilônia. Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e lhe entrega a ordem de execução aos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena - agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, junto com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem em mãos e o rasga em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem saída, roga clemência a Abigail, que permanece irredutível. Enquanto isso, os judeus permanecem descansando do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que eles estarão livres do cativeiro em breve, e Javé os ajudará a derrotar a Babilônia. Ato IV: "O ídolo destruído" Nabucco está em seus aposentos e ouve o grito por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está sendo executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, rogando-lhe conversão, juntamente como a seu povo. Ao recuperar a razão, entra Abdalo se certifica de que Nabucco é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas. E tenta buscar o trono. Os carrascos preparam a execução de Zacarias e de seu povo. Fenena é aclamada mártir e, em sua última prece, roga a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos judeus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal é destruída e Abigail se suicida, implorando a Ismael que se una novamente à Fenena. O povo reconhece o milagre, e direciona louvores a Javé. Libretto (italiano / espanhol) http://www.kareol.es/obras/nabucco/acto1.htm =========================== Fonte / Source: http://www.coliseulisboa.com/evento.php?id=238 http://pt.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Verdi http://iopera.es/palco-en-nabucco/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Nabucco http://susis-mysticriver.blogspot.com.br/2013/08/guiseppe-verdi-roncole-1813-milan-1091.html http://www.cosy.sbg.ac.at/~zzspri/travels/StMarg/StMarg.html |